Escola cívico-militar: 4 unidades de São Carlos e região vão adotar modelo a partir do 2º semestre
Modelo mescla a presença de militares - que cuidarão da disciplina dos alunos - e de profissionais da educação, que serão responsáveis pelo conteúdo pass...

Modelo mescla a presença de militares - que cuidarão da disciplina dos alunos - e de profissionais da educação, que serão responsáveis pelo conteúdo passado nas salas de aula. Escolas estaduais de São Carlos e região vão adotar modelo cívico-militar no segundo semestre Google Street View Escolas de São Carlos (SP) e região vão adotar o modelo cívico-militar a partir do 2º semestre deste ano (veja abaixo a lista de unidades em 4 cidades). 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp O modelo de escola proposto pelo governo mescla a presença de militares - que cuidarão da disciplina dos alunos - e de profissionais da educação, que serão responsáveis pelo conteúdo passado nas salas de aula. A implantação do programa chegou a ser suspensa pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) em agosto de 2024, após ação do Sindicato dos professores da rede estadual de São Paulo (Apeoesp), mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes derrubou a liminar três meses depois. A lista final foi divulgada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) nesta segunda-feira (28) e será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de terça (29). VEJA ESCOLAS QUE VÃO ADOTAR O MODELO CÍVICO-MILITAR: Escola Estadual Professora Yolanda Salles Cabianca - Araras Escola Estadual Professora Yolanda Salles Cabianca, em Araras Google Street View Escola Estadual Professor Dinah Lucia Balestrero - Brotas Escola Estadual Professor Dinah Lucia Balestrero, em Brotas Google Street View Escola Estadual Professor Paulo de Barro Ferraz - Pirassununga Escola Estadual Professor Paulo de Barro Ferraz - Pirassununga Google Street View Escola Estadual Arlindo Bittencourt - São Carlos Escola Estadual Arlindo Bittencourt, em São Carlos Google Street View Consultas públicas No ano passado, foram realizadas três rodadas de consulta pública com 302 comunidades que manifestaram interesse no modelo. Como 132 comunidades aprovaram a implantação, número foi superior à meta de 100 escolas previstas para 2025, a Seduc-SP adotou critérios de seleção. Entre eles: existência de pelo menos uma escola por município, o índice paulista de vulnerabilidade social (IPVS) e o resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Agora, foram definidas as 100 escolas que iniciarão as atividades a partir do 2º semestre. A previsão é que cerca de 50 mil estudantes frequentem as unidades que vão adotar o modelo. Mais notícias da região: ACIDENTE: Piloto gravou vídeo para esposa momentos antes de ultraleve cair no interior de SP; ASSISTA TRAGÉDIA: Empresário que morreu ao bater BMW em evento foi campeão de edição passada ao atingir 341 km/h ATROPELAMENTO: Idosa de 74 anos morre após ser atropelada por carro no interior de SP Como foi a votação Segundo o governo estadual, tiveram direito a voto mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade; estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária; e professores e outros profissionais da equipe escolar. A votação a favor do modelo foi contabilizada quando a escola alcançou o quórum mínimo (50% + um) e registrou, pelo menos, 50% + um dos votos válidos. Cada voto foi computado apenas uma vez. Ou seja, as unidades que tiverem 2ª e 3ª rodadas só puderam contar com os votos de quem não votou na rodada anterior. No total, foram computados mais de 106 mil votos da comunidade escolar. Dos quais 87% a favor da implantação do programa. Três escolas aprovaram a proposta com 100% dos votos válidos. Como vai funcionar De acordo com o projeto de lei que criou o programa, as atividades extracurriculares desses colégios serão de responsabilidade dos militares e devem ser formuladas por colaboração da Secretaria da Educação com a Secretaria da Segurança Pública. Segundo o texto, essas atividades devem seguir “valores cidadãos, como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito” e “habilidades que preparem o aluno para o exercício consciente da cidadania”. Responsabilidades do governo: apoiar financeiramente a execução e a implementação do Programa; selecionar as escolas participantes (levando em consideração a vontade da comunidade escolar); conscientizar a população sobre "a importância da implementação das Escolas Cívico-Militares"; prestar apoio técnico e financeiro aos colégios participantes; ofertar conhecimento adicional para os profissionais das instituições; monitorar e avaliar as escolas participantes do programa; realizar o processo seletivo dos policiais militares que irão atuar como monitores (para isso, devem consultar a SSP); definir as diretrizes pedagógicas e a orientação das escolas do programa; decidir quanto às demissões dos profissionais que atuarão nos colégios; compra de uniformes para os funcionários. Responsabilidades das escolas: implementar o Programa Escola Cívico-Militar de acordo com as normas propostas pela Seduc e garantir as condições para isso; garantir a qualidade do processo educacional; prestar informações à Diretoria de Ensino e Secretaria de Educação sobre a execução do programa; se certificar de que os princípios éticos, respeito aos direitos humanos, a proteção à dignidade humana, o zelo pelos direitos fundamentais de toda a comunidade escolar e o respeito à diversidade não estão sendo feridos. VEJA TAMBÉM: Entenda a nova lei que proíbe o uso de celulares nas escolas; VÍDEO: Entenda a nova lei que proíbe o uso de celulares nas escolas VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara